A governamentalidade da Era Vargas e a negação do estrangeiro através da nacionalização do ensino

Resumo

Através da metodologia denominada “analítica de governo” e do conceito de governamentalidade, investiga-se, enquanto caso prático, o discurso jurídico da política de nacionalização do ensino desenvolvido pelo Estado Novo em Santa Catarina. Nessa análise, percebeu-se que a escalada autoritária pode valer-se da aplicação da norma como tecnologia de governo apta a legitimar restrições de direitos em prol de signos totalizantes. O poder atribuído pelo discurso jurídico nomeou os estrangeiros como “alienígenas”, inimigos internos a serem combatidos. Nessa ótica, a nacionalização operava como uma cura, a verdadeira brasilidade seria capaz de unificar a população, formando uma nação e um povo. Essa governamentalidade encontrará no direito público sua fundamentação e sua forma de expansão enquanto tecnologia de governo, mas também seu limite.

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Sobre o Autor

Mestre em Educação pela (UESC). Residente Jurídico no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. E-mail: igscarabelot@gmail.com . Orcid: 0000-0002-4963-7286.

Publicado
2024-12-21
Como Citar
SCARABELOT, Igor Bitencourt. A governamentalidade da Era Vargas e a negação do estrangeiro através da nacionalização do ensino. , [S.l.], v. 1, n. 25, p. 251-279, dez. 2024. ISSN 2317-8825. Disponível em: <http://revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/596>. Acesso em: 30 jan. 2025. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i25.596.
Seção
Parte III: Políticas de nacionalização, controle social e relações trabalhistas