Em guarda contra o perigo moscovita: anticomunismo e questão nacional na literatura política brasileira sob o primeiro Governo Vargas

Resumo

Busca-se identificar o papel desempenhado pela instrumentalização da questão nacional como mecanismo anticomunista no Brasil por parte da literatura política em um dos momentos da história no qual o nacionalismo se exacerba tanto neste país quanto no mundo, o período do primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) - que se dá em paralelo à ascensão do fascismo, derrotado na II Guerra Mundial. Tendo como base, além dos discursos do próprio presidente (principal figura política de então), obras de autores do período tidas como representativas de diferentes matrizes político-ideológicas (conservadorismo cristão, com Alceu Amoroso Lima; liberalismo, com Affonso Arinos de Mello Franco e; fascismo, com Octavio de Faria), nota-se como a estrangeirização do comunismo, com a consequente alegação de assincronia entre este e uma reificada nação/nacionalidade brasileira, foi estratégia generalizada entre a mídia opositora do marxismo na época abordada.

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Sobre o Autor

Professor efetivo da Universidade Estadual do Tocantins. Mestre em História (PPGHC-UFRJ) e doutor em Ciência Política (IESP-UERJ). E-mail: professordiegogrossi@gmail.com, ORCID 0000-0003-4415-7467.

Publicado
2024-12-21
Como Citar
GROSSI, Diego. Em guarda contra o perigo moscovita: anticomunismo e questão nacional na literatura política brasileira sob o primeiro Governo Vargas. , [S.l.], v. 1, n. 25, p. 192-213, dez. 2024. ISSN 2317-8825. Disponível em: <http://revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/593>. Acesso em: 30 jan. 2025. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i25.593.
Seção
Parte II: Construção do inimigo e ideologias do Estado Novo