A circulação marítima, aérea e de dados entre o Brasil e a África

fluidez seletiva e regulação híbrida

Resumo

As relações entre o Brasil e o continente africano remetem ao século XVI, com o início do tráfico de escravizados, mas especificamente a partir do início do século XXI, elas são caracterizadas por 3 tipos distintos de circulação: marítima, aérea e de dados. Apesar dessa distinção possível, uma análise das rotas diretas existentes entre o Brasil e a África demonstra a recorrência de algumas poucas formações socioespaciais africanas neste movimento, bem como uma concentração regional desta circulação no território brasileiro. Do ponto de vista da regulação, o Estado continua sendo a grande baliza deste processo, seja intervindo diretamente na criação e operação de rotas, seja mediando (e/ou possibilitando) a operação de agentes privados. O presente artigo tem como objetivo discutir essas duas características fundamentais da circulação Brasil-África contemporânea – sua fluidez seletiva e sua regulação híbrida – através de uma articulação entre informações empíricas sobre o processo e uma revisão de literatura, buscando encontrar as razões desta concentração geográfica e os diálogos possíveis entre circulação e política.

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Sobre o Autor

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana (PPGH) da Universidade de São Paulo (USP).

Publicado
2024-01-26
Como Citar
JESUS NETO, Antonio Gomes de. A circulação marítima, aérea e de dados entre o Brasil e a África. , [S.l.], n. 23, p. 92-118, jan. 2024. ISSN 2317-8825. Disponível em: <http://revistacontinentes.com.br/index.php/continentes/article/view/467>. Acesso em: 29 abr. 2024. doi: https://doi.org/10.51308/continentes.v1i23.467.
Seção
Dossiê