MERCANTILIZAÇÃO DA ZONA PORTUÁRIA DO RIO DE JANEIRO E A PRODUÇÃO DE ESPAÇOS ESPETACULARIZADOS
Resumo
O presente artigo tem como princípio um ensaio dialogando o processo de produção do espaço urbano de uma cidade empreendedorista. Nesse sentido, aborda-se os pressupostos teóricos que trazem análises para o terreno das políticas urbanas a partir da crise dos anos 1970 e indaga-se a reorientação do papel do Estado. Logo, o recorte espacial privilegiado para análise é a zona portuária da cidade do Rio de Janeiro que vem passando por grandes transformações em seu espaço urbano a fim de atender uma demanda hegemônica. Com o objetivo de mostrar os efeitos desse processo, esse estudo mostra que, para além de uma ideia equívoca de desenvolvimento, a privatização do espaço público e a seletividade das ações rompem com os princípios básicos da cidade democrática, acirrando a segregação socioespacial.